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O mecanismo que desencadeia o processo ainda tem sido estudado, mas as conclu-sões preliminares sugerem que a longa permanência em ambientes artifcialmen-te iluminados (que de modo geral apre-sentam pouca luz durante o dia e muita luz durante a noite), apesar de adequados para a visão, causam distúrbios no ciclo circadiano (aquele que nos “diz” a hora de dormir e acordar), perturbando os proces-sos neuroendócrinos normais. Em animais de laboratório, essa perturbação tem esti-mulado o aparecimento e crescimento de tumores mamários. A descoberta é suges-tiva, principalmente quando comparamos as estatísticas mundiais e percebemos que o câncer de mama, segundo informações da Organização Mundial de Saúde, está aumentando em populações ocidentais urbanizadas.

Uma construção green buildings não pode impedir que os indivíduos trabalhem de-masiadamente, principalmente madru-gadas a dentro, mas pode propiciar um ambiente mais agradável durante o expe-diente.

Outro aspecto que a concepção dos green buildings propõe diz respeito à melhoria da atividade física. Uma das sugestões é a inclusão de áreas reservadas ao estoque de bicicletas e vestiários com chuveiro para aqueles que queiram optar por esse meio de transporte até o trabalho. Fica a opção para os que querem uma vida mais saudável.

Sabemos que aqui no Brasil esse tipo de construção está dando seus primeiros passos. Ainda são pouquíssimos os edi-fícios prontos que têm a certifcação de

green building , mas segundo especialistas da área a tendência é um aumento signi-fcativo nesse tipo de construção dada a

sua valorização. Os investimentos, como vimos, não apenas colaboram na conser-vação do ambiente e saúde dos usuários, mas podem gerar mais lucratividade. Para esclarecer um pouco mais sobre esse tema, a Revista Buildings fez uma entrevista com Anderson Benite, Diretor Técnico de Sustentabilidade do Centro de Tecnologia em Edifcações, em São Pau-lo.

Veja a entrevista.

Revista Buildings (RB) – O que é o CTE e como ele tem atuado na questão dos

green buildings aqui no Brasil?

O CTE – Centro de Tecnologia de Edif-cações é uma empresa líder de consulto-ria no mercado da construção civil e que há 17 anos fornece soluções nas áreas de consultoria em sistemas de gestão da qualidade, segurança e meio ambiente, programas de gestão de resultados, ge-renciamento e controle de obras, sistemas informatizados, estudos de tecnologias, treinamentos, desenvolvimento de negó-cios imobiliários e consultoria em projeto e construção sustentável.

Nos últimos anos o CTE tem atuado forte-mente no desenvolvimento de consultorias técnicas nas fases de projeto e construção de empreendimentos green buildings. O trabalho consiste basicamente no forne-cimento de nosso know-how técnico por meio de uma equipe multidisciplinar de especialistas em questões como efciência energética, arquitetura bioclimática, uso racional de água, materiais sustentáveis, conforto no ambiente construído, proces-sos e tecnologias construtivas sustentá-veis, gestão de resíduos, responsabilidade social, dentre outras.

Hoje, o CTE está atuando simultaneamen-te em 37 empreendimentos sustentáveis

no país, os quais apresentam variadas tipologias, tais como prédios comerciais, residenciais e industriais, edifcações do varejo, laboratórios de análises, hospi-tais, residências particulares, restauran-tes, interiores de escritórios comerciais e grandes resorts turísticos.

RB - Sabemos que as construções que seguem os protocolos (se podemos cha-mar assim) de green buildings já existem há alguns anos em países da Europa e nos EUA e que apenas recentemente têm chegado ao Brasil. Como as cons-trutoras/incorporadoras no Brasil es-tão encarando esse tipo de construção? Houve algum tipo de reserva ou impe-dimento? A seu ver, como será o futuro da construção civil quanto aos edifícios comerciais?

Acredito que as incorporadoras/constru-toras estão terminando de passar pela fase de estranhamento, falta de informações e curiosidade sobre o tema e já começam a incorporar o conceito em seus empre-endimentos; já estão percebendo que o tema não é apenas uma moda ou fruto de iniciativas isoladas de algumas pessoas mais conscientes, mas sim um movimento que está ocorrendo de forma global e que não tem a mínima possibilidade de regre-dir; os problemas ambientais estão aí e a necessidade de sua redução não é uma moda que passará.

Inicialmente, em razão da falta de infor-mação houve certa insegurança dos em-preendedores, em especial, quanto aos impactos da sustentabilidade no custo de construção e até quanto os clientes paga-riam a mais por esse valor agregado. No entanto, foi-se percebendo que um empre-endimento green building é um produto com maior valor agregado e percebido,

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