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fcando feio, mas não é esse o problema, e sim a falta de isolamento térmico que essa deterioração compromete. Todo pré-dio precisa ter isolamento térmico, seja no Brasil ou na Russia, porque ele faz parte do aspecto mais importante de conserva-ção de energia num prédio.

Se comparássemos o carro e a arquitetura, ou seja, a ideia de que se to-dos os carros fossem desenhados como se desenham os prédios, nenhum sairia da garagem. O carro é um equipamento que se compra com uma tecnologia embarcada imensa, e a arquitetura deveria ter o mes-mo, mas não tem.

Há exemplos de prédios que são construídos com 41% de fator de perda, ou seja, de tudo que foi construído, usa-se apenas 59%. Um prédio como o da Vivo, tem apenas 19% de fator de perda. Quando falamos em efciência, é esse tipo de dife-rença que é importante ressaltar.

Nos anos 90, você já estava preocupado em criar projetos com soluções susten-táveis nos escritórios. O que mudou de lá pra cá e porque a sustentabilidade só virou uma realidade nos escritórios nos últimos anos?

Em 1985, eu fz parte de um con-curso que a Pirelli promoveu junto com o Procel de conservação de energia, e o único projeto que eu defendi era de um software que mostrava como desenvolver projetos de arquitetura usando correta-mente a carga solar, o calor, etc. Isso já é algo que se fala há muitos anos, inclusive aprendemos na faculdade. Mas de repente a energia se tornou muito cara e os edifí-cios são responsáveis por cerca de 48% do consumo dessa energia. Eles são os gran-des vilões desse consumo. Há o problema inicialmente da produção da energia, gra-ças à baixa capacidade. Em função do au-mento do consumo e do limite de produ-ção começa o problema de estagnação, e

assim surgem as primeiras falas a respeito de melhores práticas, produtos e serviços que consumam menos energia.

Em 1990, eu trouxe os primeiros sensores de presença, que controlavam a iluminação de grandes áreas, de 100 ou 200 m² de escritórios. Em relação a lumi-nárias, reatores e iluminação, houve uma grande evolução nesse aspecto.

Melhores práticas de produção na indústria surgiram, pois perceberam que muitas vezes gastavasse mais do que de-veria, além da competição de produtos do mercado internacional. Os produtos tiveram que ter uma melhor performance, além da busca de usar menos elementos químicos, para evitar o problema das queimas de ma-teriais. Essa percepção de todos os limites resultou na concepção de que precisava ser feito um aspecto de sustentabilidade. Eu visitei o primeiro prédio nes-se conceito, uma reforma nos Estados Unidos, em Nova Iorque, na Broadway, que foi feito para a Fundação Old Bow Society, o primeiro Green Building do mundo. Essa fundação, já naquela época, reunia todas as empresas interessadas em preservar o meio ambiente.

A partir daí, surgiu a preocupa-ção de como migrar esse conceito para a construção civil, pois é a área que mais cria cidades, que acabam levando os maiores problemas ao meio ambiente. Foi aí que a sustentabilidade e as normas do

Green Building começaram a aparecer para colocar essa conservação em pé.

O seu escritório tem licença exclusiva numa ferramenta para diagnosticar me-lhorias nos ambientes de trabalho. Por favor, explique como ela funciona e o que mudou nos seus projetos depois que começaram a aplicá-la?

O robô é um ser humano. Eu não consigo medir os efeitos nocivos

Entrevista

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“Flexibilidade, mobilidade e adaptabilidade nas empresas. Se você não tem esses três itens dentro de um escritório, a

empresa não cresce”.

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