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de 8 ou 9 milhões para reformar, e o alu-guel subiu para R$ 85,00 / m². Essa é uma modelagem de negócio interessantíssima, a que dá a maior rentabilidade no mercado imobiliário. Porém é uma lógica diferente das outras modelagens de negócio, pois o foco é a longo prazo.

O que há de novo surgindo nesse mercado?

A grande novidade é o Green Buil-ding , porque se olharmos a geração anterior, os Triple A , eles não pensavam muito nas gerações futuras. Nos Green Buildings se agregam tecnologias sustentáveis ao produ-to, visando o uso e a operação do edifício, ele enxerga os próximos 30 anos. Se compa-rarmos a arquitetura do Green Building com a do Triple A , ela é radicalmente diferente, é muito mais inteligente.

Em relação à tecnologia, o que há de no-vidade nesse sentido na construção e as inovações que estão sendo empregadas nos empreendimentos corporativos?

Em tecnologia de projeto, temos um dimensionamento diferente, que agora é realizado de acordo com a efciência ener-gética. A fachada de um empreendimento é dimensionada onde há maior incidência solar. Os critérios de design dos produtos mudaram e o arquiteto considera isso tudo em conjunto com o projetista de ar condi-cionado, com o fator solar do vidro, com o sistema de elevadores, iluminação, etc. Usa- -se uma arquitetura muito mais inteligente e permeada de diretrizes, de engenharia e efciência energética, que não existia antes. Hoje têm decisões que jamais ima-ginaríamos chegar. Para a concepção de um edifício, simulamos no computador qual será o consumo de energia, a orientação e o clima local, temos uma meta, preciso redu-zir em 10% o consumo de energia, de acor-do com o LEED . O resultado do projeto sai depois de muitas simulações. Essa metodo-logia de projeto é uma inovação revolucio-nária, porque é uma coisa integrada. Existem diversas inovações, no sis-

tema de ar condicionado, especifcação de vi-dro, fator solar de vidro, todas as tecnologias de reuso de água, captação de água de chuva, paisagismo que consome menos água, na fa-bricação de materiais, há a questão da recicla-gem, hoje tem empresas que fazem cerâmica com produtos reciclados. Hoje há a ciência da sustentabilidade, existe uma gama de novas tecnologias que não tínhamos antes. Hoje precisamos evoluir no uso e operação dessas novas tecnologias, com mais profssionalização na forma de apro-veitar os equipamentos que dispomos e na capacitação profssional para operá-los.

A sustentabilidade deixou de ser modismo e hoje é uma tendência no mundo todo. Como essa tendência é reconhecida dentro do mercado imobiliário corporativo?

Num primeiro momento essa ten-dência foi reconhecida da seguinte manei-ra, se o meu concorrente está fazendo, eu também preciso fazer, pois o meu cliente potencial, que é a multinacional ou a gran-de empresa nacional, tem política de sus-tentabilidade corporativa e quer estar um escritório Green Building .

Num segundo momento houve uma desmistifcação, pois as empresas achavam que a obra era 30% mais cara, porém ela custou 3% mais cara, mas a em-presa tem um aluguel 10% mais alto, o uso e operação economiza 30 a 40% a mais do que edifícios comuns.

Então inicialmente a sustentabili-dade foi reconhecida como uma exigência do cliente, já que era uma tendência das em-presas maiores, pois a sustentabilidade hoje é uma visão de futuro, porque no futuro nós teremos uma economia efciente, inclusiva e responsável, o mercado será assim. As em-presas passarão a adotar a sustentabilidade como estratégia de gestão, e quem já está fa-zendo isso são as empresas líderes, elas são habituarias desses edifícios corporativos.

Entrevista

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com a do Triple A , ela é radicalmente diferente, é

muito mais inteligente.”

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