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O mercado imobiliário corporativo está bastante aquecido em todo o país, a ativi-dade construtiva vem aumentando a cada trimestre, principalmente em São Paulo e no Rio. Quais são as principais tendências para esse mercado nos próximos anos?

Há uma tendência forte do merca-do de lajes corporativas, eu acredito que isso vai crescer anda mais, pois a economia bra-sileira deve continuar crescendo. Com a eco-nomia em alta, as principais demandas são de espaços pra produção, que são as cons-truções industriais, espaços corporativos para as empresas organizarem seus escritó-rios, do setor privado ou público, além das pequenas salas comercias e dos centros de logística. Essas são as principais tendências. Em primeiro lugar, os edifícios corporativos, que vão continuar em alta em São Paulo e Rio de Janeiro, além de se espalhar para ou-tras cidades, no país todo. Nós já estamos observando esse crescimento para outras ci-dades do interior, Brasília, entre outras. No meu ponto de vista, o que está acontecendo no mercado de pequenas salas comerciais é uma distorção, pois hoje vemos um edifício que será entregue daqui a três anos e já estão vendendo a R$ 12 mil / m² e com uma ex-pectativa de alugar a R$ 100 / m². Para mim, está havendo o fenômeno do investidor de-sinformado, pois ele faz uma conta que não fecha, os valores estão muito abusivos. Outra tendência muito forte que vejo nos edifícios corporativos é a sustenta-bilidade. Isso já não é nem mais tendência, pois quando se constrói, é preciso dar um be-nefício para o locatário, que é de economia. Para se ter uma ideia, existe uma taxa de con-

domínio em edifícios corporativos que varia de R$ 16 a 18 / m². Nos Green Buildings en-tregues atualmente, já medimos essa taxa de R$ 9 a 11 / m², ou seja, há uma redução de 30 a 40%. É interessante enxergar isso, pois o desempenho ambiental ocorre ao longo da vida útil do empreendimento. Esse que é o grande benefício para as gerações futuras, para o meio ambiente e para o locatário, ofe-recer um Green Building que custará 30% menos. Hoje o mercado está percebendo que a lógica é essa, a tendência mercadológica e a incorporação das tecnologias sustentáveis.

Quais são as principais empresas que in-vestem nesse nicho hoje e quais são os principais consumidores?

Hoje existem muitas incorporado-ras que investem no mercado corporativo, te-mos grandes nomes como a Tishman Speyer, Cyrela CCP, São Carlos, WTorre, Brookfeld, BNCorp, Odebrecht, entre outras.

Os consumidores são os escritórios demultinacionais, como da indústria farmacêu-tica, as empresas nacionais e os grandes grupos, de laboratórios, por exemplo, e nas pequenas salas comerciais, os profssionais liberais.

Quem você acredita que seja um exem-plo a ser seguido nesse mercado?

Dessas empresas que citei anterior-mente, todas elas estão bem posicionadas. Porém algumas são mais focadas no mercado corporativo como, por exemplo, a Tishman Speyer, aWTorre, que está gerenciando o edi-fício sede da Petrobras, a Odebrecht também. Depende da estratégia competitiva da em-presa, aquela que só tem o foco nisto, tende

a ser mais competitiva, a empresa se debruça de uma forma mais intensa, mas tem espaço para todos os competentes.

Quais são as diferentes opções de mode-lagem de negócios oferecidas hoje?

Temos três tipos de modelagem. O primeiro é o incorporador ou construtor, que faz aluguéis diversifcados. O foco da modelagem de negócio dele é a renda, en-tão todo estudo que ele faz de negócios, de retorno e da rentabilidade, é feito a partir do aluguel, não é um mercado de venda, e sim de renda. Ele cria portfólios de aluguel e faz o estudo da viabilidade da renda. Outra linha é o mercado de build- -to-suit , que é o edifício sob medida, onde se assina um contrato por 10 ou 20 anos, por exemplo, e se desenvolve o produto. Esse também é um mercado de renda, ele já está ‘amarrado’. Encontra-se o terreno, desenvolve o projeto, constrói, mobília e se faz a operação dessa pequena cidade ad-ministrativa, aí é locado durante 20 anos para determinada empresa.

O terceiro modelo de negócios é aquele que faz mais ou menos como o primeiro, mas se aluga. Só que tem como objetivo o seguinte, conforme aluga, o imóvel valoriza e vende por um valor mui-to mais alto. É a flosofa dos fundos de investimentos de participações, que valo-riza o ativo e vende. Um bom exemplo é o

retroft do prédio Bela Paulista, na avenida Paulista, em São Paulo, que a VBI Real Estate comprou o edifício por cerca de 23 milhões de reais. O aluguel na época era de R$ 27,00 / m², então eles investiram cerca

As práticas sustentáveis nos empreendimentos corporativos

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