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cidade de São Paulo, que come-mora neste mês de Janeiro seus 455 anos, é uma das maiores ci-dades do mundo, um dos mais importantes centros de negócios da América Latina e destacada metrópole quanto aos aspectos culturais, gastronômicos e artísticos. E para brindar a isso, tomemos nossas xíca-ras de café!

Sim, café. Essa bebida aromática tão criticada por alguns é apontada pelos historiadores como a força motriz que co-locou São Paulo no mapa do mundo. É primeiramente graças às grandes fazen-das cafeicultoras que São Paulo tomou o rumo que possibilitaria ser o que é a cidade hoje.

E falando em café, sirva-se de uma boa xícara, sente-se e relaxe, porque faremos uma pequena viagem no tempo e voltaremos ao início de tudo.

1. Pequeno histórico sobre o crescimento de São Paulo

1.1 - Século XVI a 1900¹

A história ofcial de São Paulo tem início em 25 de Janeiro de 1554, com a construção de um colégio por padres je-suítas com a fnalidade de iniciar a catequi-

zação dos índios. Entretanto, São Paulo só começou a ter alguma importância em me-ados do século XVIII por se tornar como um “meio de caminho” para os que iam do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro, principalmente com a produção de gado, e do interior para Santos, com a produção de açúcar. Com esses e outros produtos vindo e indo pela Colônia, através de São Paulo, o surgimento de locais onde se atendiam aos viajantes, começaram a dar a pequena vila uma nova aparência. Ruas do centro de hoje como as rua da Quitanda, Álvares Penteado e rua São Bento são exemplos de locais onde o comércio de produtos bási-cos começou a forescer.

Em 1815, São Paulo passou a ser a capital da província e em 1822, com a independência, passou a ostentar o título de Imperial Cidade. A partir disso, São Paulo começou a experimentar um desen-

volvimento cultural e econômico mais im-portante. É nessa épo-ca que é inaugurada a Academia de Direito do Convento de São Francisco, atual Fa-culdade de Direito da USP. Assim, a eleva-ção da cidade a um nível mais “civiliza-

do” permitiu que algumas leis passassem a ser discutidas e implantadas. É o caso das leis de controle de propriedade e desapro-priação para utilidade pública, em 1837, e a regulamentação de posse de propriedade através de registro legal, em 1850. Acidade, por esta época, era abas-tecida com a agricultura local e a “indús-tria” ainda era bem artesanal e sem grandes impactos para a sociedade. As construções ainda eram de taipa, a água para consumo era retirada de fontes e rios, e a ilumina-ção e pavimentação dos caminhos eram praticamente inexistentes. Mas é a partir de 1860 que se iniciou uma nova fase: é o ciclo do café.

O interior de São Paulo possuia uma terra muito propícia para o cultivo desta nova cultura que vinha conquistan-do o mundo. Com o aumento da demanda internacional e o esgotamento de outras terras cultivadas desde 1727, como Rio de Janeiro e vale do Paraíba, a localização es-tratégica da cidade de São Paulo foi deci-siva para a ligação do interior com o porto de Santos.

Com o enriquecimento dos fa-zendeiros de café, a capital, já importante por sua variedade cultural, passou a ser lo-cal preferido para a residência dessa nova classe social. Com isso, as condições da ci-dade, que até então pouco tinham mudado

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¹ Informações baseadas na dissertação de mestrado de Eunice Barbosa, intitulada Evolução do Uso do Solo Residencial na Área Central do Município de São Paulo , de 2001, apresentada à Escola Politécnica, Universidade de São Paulo.

Ilustração do Pátio do Colégio em 1824

A colheita do café em São Paulo Fazendas de café em São Paulo

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