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Q

uem está habituado a trabalhar num grande escritório, concebido sob as mais modernas técnicas de arquitetura, nem imagina que o começo de tudo isso remonta aos primórdios da nossa história.

A palavra “offce”, inglês para es-critório, deriva-se do latim “offcium” e du-rante a Antiguidade Clássica nomeava um dos ambientes de um palácio, ou monas-tério, onde pergaminhos eram guardados e manuseados por escribas. Esse ambiente deveria dispor dos materiais mínimos ne-cessários, como tinta para escrever, uma mesa e os papiros a serem usados.

Nos tempos medievais, acompa-nhando a necessidade de organizar docu-mentos políticos, surgem as chancelarias, que mais faziam lembrar um pombal, com vários compartimentos pequenos nas pare-des para arquivar os documentos; um pre-cursor, sem dúvida, das atuais prateleiras ou móveis de arquivos.

Com a Revolução Industrial, as empresas que surgiam também passavam a precisar de espaço para guardar seus do-cumentos. Surgem, a partir dessa época, os mais diversos tipos de prestadores de ser-viço, todos com seus próprios espaços para armazenar e manusear seus documentos. E falando sobre essa época, quem não se lembra do livro “Um Conto de Na-tal” de Charles Dickens? Esta famosa his-tória de Natal, escrita em 1843, nos conta uma estranha experiência vivida por Mr. Ebenezer Scrooge, um banqueiro ou agio-ta, que mantinha um pequeno escritório em Londres, em pleno período da Revolução Industrial. O que nos chama a atenção nes-ta história é o fato de que, mesmo sendo um homem muito rico, Mr Scrooge tinha um escritório absolutamente desconfortável,

que oferecia péssimas condições de traba-lho. Seu único empregado, o escriturário Mr. Bob Cratchit, fcava confnado num cômodo sombrio cuja porta estava sempre aberta para que o velho Scrooge pudesse manter seus olhos nele. Um trecho do livro faz uma pequena narração que ilustra as condições de trabalho nesse local.

“Um dia, um dos melhores do ano, e vés-pera de Natal, o velho Scrooge achava-se em seu escritório, a trabalhar. O frio era acre e penetrante, acompanhado de nevo-eiro. Scrooge ouvia as pessoas que iam e vinham na pequena viela, esfregando as mãos e caminhando rapidamente para se aquecerem. Os relógios da cidade acaba-vam de soar três horas, mas já começava a escurecer, e as luzes principiavam a bri-lhar no interior dos escritórios vizinhos, pontilhando de manchas avermelhadas a atmosfera cinzenta e quase palpável do crepúsculo. [...] O fogo de Scrooge era bem insignifcante, mas o de seu empre-gado era tão miserável que parecia não passar de uma única brasa. E tornava-se impossível alimentá-lo, pois que Scrooge

¹ “Uma Aventura de Natal”, de Charles Dickens. VirtualBooks, Formato: e-book / PDF, Código: Infa2000020, © VirtualBooks 2000. Obtido no site http://virtualbooks.terra.com.br/freebook/traduzidos/uma_aventura_de_natal.htm, em 06 de Novembro de 2008.

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