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mentar a produtividade dos funcionários de 2% a 16%, quando comparados aos edifícios convencionais. Além disso, exis-te uma grande correlação das empresas que são consideradas as melhores para se trabalhar e as empresas que possuem escritórios com alto desempenho ambien-tal. Ou seja, um escritório green building fornece uma maior qualidade de vida no ambiente de trabalho, atrai e retém bons profssionais.

RB – O Prof. William Fisk, Chefe do Departamento de Ambientes Internos, da Lawrence Berkeley National La-boratory, nos EUA, demonstrou que a melhoria dos sistemas de ventilação pode diminuir de 9 a 20% a incidência de problemas respiratórios, diminuin-do, com isso, a taxa de absenteísmo e os gastos com tratamentos. Já foram detectadas mudanças positivas na saú-de dos usuários desse tipo de edifícios aqui no Brasil? Existe alguma estatísti-ca nesse sentido?

Quase a totalidade dos empreendimentos

green building no Brasil estão em fase de projeto, obra ou em fase de fnalização e entrega, assim, ainda não há base para se realizar pesquisas nacionais sobre o assunto em edifícios em operação. Entre-tanto, existem diversos estudos interna-cionais que realmente reforçam os dados

podem ser considerados para o nosso país também, como os que citei na ques-tão anterior.

RB – Falando em sistemas de ar, sa-bemos que no Brasil, dada a condição tropical do nosso clima, o sistema de ar condicionado é um item muito impor-tante a ser considerado na elaboração dos projetos pertinentes. Como os pro-jetistas de green buildings lidam com essa questão?

Os sistemas de condicionamento de ar são extremamente importantes nos pro-jetos dos green buildings , pois além de infuenciarem diretamente no conforto e qualidade do ar para os ocupantes, pode representar até cerca de 40% do consumo total de energia em prédios comerciais. Nesse sentido, o projeto deve ser desen-volvido com alto nível técnico e adotando as soluções de engenharia mais moder-nas, desde recuperadores de calor, equi-pamentos de baixo consumo energético, sistemas de distribuição de ar efcientes, fltros nas tomadas de ar, entre outros. Com isso, a empresa de consultoria em

green buildings deve desenvolver estudos e modelagens computacionais complexas em conjunto com os projetistas para es-tudar os níveis de efciência energética e de conforto dos ocupantes, propondo alternativas técnicas e sugerindo novas cnologias.

Neste aspecto cabe ressaltar que, antes de se pensar no desempenho dos equipamen-tos de condicionamento de ar, deve-se trabalhar com projetos de arquitetura, fa-chadas, instalações e iluminação de forma a reduzir o ganho de calor nos ambientes (brises, iluminação efciente, vidro de alto desempenho, sensores de presença, etc.), reduzindo-se os gastos com energia para resfriamento do ar e, por conseqüência, reduzindo os investimentos em tecnolo-gias de condicionamento de ar.

RB – Estamos falando de edifícios co-merciais, mas sabe-se que os green buildings contemplam qualquer seg-mento da construção civil, de residên-cias a hospitais. Nos EUA, por exemplo, o Kaiser Permanente, o maior prove-dor de cuidados com saúde do país, pla-neja construir, nos próximos 10 anos, mais de 20 novos hospitais e, segundo informações, estaria seriamente consi-derando as construções green buildings

como a opção de construção. Uma das razões teria sido a comprovação de que as características dos green buildings , como maior visão das áreas externas e sistema de ventilação diferenciado, con-tribuiriam grandemente com a redução do tempo de internação de pacientes. Como os demais segmentos da constru-ção civil no Brasil estão vendo os green

Capa

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eja onde os green buildings economizam recursos:

30% do consumo de energia 35% das emissões de carbono 30% a 50% do consumo de água 50% a 90% de descarte de resíduos

* Segundo pesquisas do United States Green Building Council

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