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Técnica

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consumo de energia, o sistema VRF é mais efciente que o sistema central. Entretanto, ao longo do tempo, com o custo da manu-tenção, o sistema central se mostra mais econômico”, observa tendo como parâme-tro a Torre Norte do CENU.

O fato é que os empreendimen-tos que contam com o sistema central de refrigeração tendem a ter valores de con-domínio mais altos, pois os custos de ma-nutenção e consumos de energia relacio-nados ao ar condicionado são repartidos entre todos, enquanto que em um edifício com sistema individualizado a manuten-ção e consumo são pagos diretamente por cada inquilino. “Em um edifício com ar condicionado central a energia elétrica, a manutenção de equipamentos e todas as despesas correlatas à climatização são compartilhadas entre todos os condômi-nos e isso faz com que, consequentemen-te, o custo do condomínio seja mais ele-vado”, aponta Figuerola .

O síndico profssional do edi-fício Plaza I - Nações Unidas, Marcelo Junqueira, tem uma visão oposta à de

Fiasco . Ele aponta que o sistema VRF, ou individual, tem sua vantagem no que tange aos custos e praticidade. “Entendo que hoje o VRF é a melhor opção, pois os custos de manutenção são bem menores, já que há economia de água e no trata-mento da água. As economias resultam do fato de que cada usuário pode usar o sistema de refrigeração dentro das suas necessidades. Como as contas são indi-vidualizadas por conjunto, cada um paga por aquilo que consome”.

Vale repetir que o ocupante deve se atentar ao fato de que no sistema cen-tral todos os custos com a manutenção são rateados e que no sistema individual o lo-catário fca responsável por contratar o ser-viço técnico necessário para a manutenção, bem como análise e controle da qualidade do ar interior. O gasto de energia com o aparelho também será cobrado na conta de energia privativa.

Como exemplo, o Buildings co-letou as contas de energia em dois edi-fícios Classe A: um com sistema indi-vidualizado VRF bem moderno e outro,

também moderno, porém com um siste-ma central. O primeiro tem um condo-mínio de R$12,00/m² privativo/mês e se-gundo tem um condomínio de R$ 24,00/ m² privativo/mês. O Buildings contatou ocupantes dos dois edifícios e constatou que no primeiro, o custo mensal de ener-gia era de R$ 6,81/m² privativo/mês, e, no segundo, era de R$ 3,57/m² privativo/ mês. Portanto, o custo total de condomí-nio mais energia privativa no primeiro totalizou R$ 18,81/m² privativo/mês, enquanto que no segundo, totalizou R$ 27,57/m² privativo/mês. Este exemplo demonstra que o segundo edifício real-mente está com um custo de condomínio excessivamente alto e que o impacto do custo mais elevado de energia, resultante do uso do sistema individualizado VRF, não é tão alto assim. Evidentemente que uma análise comparativa mais detalhada seria necessária para chegar a uma con-clusão defnitiva sobre este assunto, con-tudo, é uma indicação de que a solução do sistema individualizado VRF, além de fexível, tem um impacto adicional no custo condominial entre R$3/m² por mês e R$4/m² por mês.

O diretor da Prime também res-salta que a manutenção do sistema indi-vidualizado é recorrente e, dependendo da capacidade, deve ter implantado o Programa de Manutenção e Operação de Sistemas de Climatização (PMOC), que é uma exigência do Ministério da Saúde e visa evitar que o edifício fque “doente” com a falta de manutenção nos dutos do ar condicionado, como defne a Organização Mundial da Saúde. “Também é obrigatório ter um engenheiro mecânico responsável assinando pela manutenção do sistema se-mestralmente”, diz Menani .

“Em um edifício com ar condicionado central a energia elétrica, a manutenção de equipamentos e todas as despesas correlatas à climatização são compartilhadas entre todos os condôminos e isso faz com que, consequentemente, o custo do condomínio seja mais elevado”.

Jorge Figuerola

Diretor da Prime Gerenciamento

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