Page 26 - Edição 18

This is a SEO version of Edição 18. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »

www.buildings.com.br

T

ranquilidade, ar puro, sossego, silêncio, tudo isso, em contraste com a poluição, o trânsito, o estresse, as en-chentes e também a poluição sonora de uma cidade gran-de, faz com que muitas pessoas deixem a região metropolitana e se mudem para um local um pouco mais afastado, mas que ofere-ça qualidade de vida, pelo menos nas horas de lazer.

Alphaville, um bairro localizado entre os municípios de Barueri e Santana de Parnaíba, começou a ser construído na década de 1970, levando fábricas e grandes empresas que não encontravam mais espaço físico em São Paulo, a maior e mais populosa cidade do Brasil. Cerca de dez anos depois, a necessi-dade de conforto e bem-estar de parte da população paulistana incentivou a disponibilidade para a compra de terrenos (muito baratos, na época) para a construção de casas.

Distante 24 km da capital paulista, Alphaville tornou-se o primeiro distrito planejado com proporções gigantescas, onde as casas fcam dentro de condomínios. Com o aumento da busca pelo conforto, segurança e contato com a natureza, o local valo-rizou-se rapidamente e acabou investindo fortemente em residên-cias de altíssimo padrão.

Morar longe foi tornando-se cada vez mais comum, e não em só Barueri, mas também em Jundiaí, Campinas, Cotia, Embu, Itapecerica, Mairiporã, Atibaia, entre outras cidades. Mas com o tempo, o trajeto de idas e vindas diárias virou um transtor-no. Estradas lotadas, pedágios e transporte intermunicipal escas-so foram fatores que causaram uma crise no mercado imobiliário residencial, em meados dos anos 1990. Naquela época, morar em Alphaville estava praticamente fora de cogitação e algumas pes-soas até chegaram a voltar para São Paulo.

O boom imobiliário

A solução que reaqueceu o mercado foi a construção de centros comerciais, e em seguida empresariais, migrando grandes empresas para a região. A Rodovia Castelo Branco foi duplicada

e Alphaville cresceu, mais uma vez rapidamente, criando uma infraestrutura completa, com comércio, serviços, shopping cen-ters, e venceu a crise, tornando-se, simplesmente, o maior centro empresarial da Grande São Paulo. O investimento foi tão grande, que 97,5% do total dos edifícios em construção em Alphaville são voltados para o mercado Classe A, tornando-se o destaque da Grande São Paulo.

Claro que o mercado imobiliário corporativo aqueceu o residencial, afnal, da mesma forma que as pessoas começaram a se cansar de ir à São Paulo todos os dias para trabalhar, o inverso também acabou fcando difícil. Dessa forma, as empresas que se instalaram em um novo endereço emAlphaville levaram boa par-te de seus funcionários para lá.

Segundo matéria publicada no jornal Folha de Alphaville em fevereiro deste ano, o mercado de Alphaville cresceu em 640% desde 2002. A taxa média anual, nestes oito anos, chegou a um aumento de 64%, sendo que na capital paulista foi de 6,4%. Entre 2007 e 2008 o mercado imobiliário de Alphaville atingiu seu auge com demandas constantes por salas comerciais e galpões industriais, estes últimos tiveram um aumento de 30% no valor de compra da época.

26

Page 26 - Edição 18

This is a SEO version of Edição 18. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »